A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro vem a público esclarecer serem inverídicas as informações da reportagem “Defensoria afasta estagiária suspeita de ligação com a milícia”, publicada pelos jornais O Globo e Extra na edição deste sábado (11/1).

Procurada pela reportagem nessa sexta-feira (10/1), a instituição informou, por meio de e-mail em complemento à nota de esclarecimento que enviara sobre o caso, que a pessoa citada na reportagem “MP investiga se uma estagiária da Defensoria atuou em inquéritos a favor da milícia”, publicada naquele mesmo dia por ambos os veículos de comunicação, de fato, não faz mais parte de seu quadro de estagiários.

Em nenhum momento, foi informado que a mesma fora desligada em razão dos fatos noticiados, como deu a entender a reportagem deste sábado, razão pela qual a instituição requer sua imediata retificação nas versões online e impressa.

Indagada sobre as razões do desligamento, a assessoria de imprensa do órgão informou que iria apurar. Informamos que a pessoa citada na reportagem se afastou por vontade própria, no fim do ano passado.

Na mesma nota enviada à redação na sexta-feira, a Defensoria Pública informou também que não recebera, em nenhum momento, comunicação sobre à existência da investigação criminal noticiada nas reportagens contra a pessoa citada. Esclareceu que a única notificação que recebera ocorreu em outubro do ano passado, em inquérito no âmbito civil instaurado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, ocasião na qual prestou todas as informações solicitadas.

Na nota, informamos ainda que, em razão dos fatos narrados, estamos à disposição para prestar as informações necessárias à investigação que veio a público nas reportagens.

No entanto, a Defensoria Pública reafirma que desconhece qualquer fato desabonador da conduta da pessoa citada na reportagem, motivo pelo qual informou, na nota enviada aos referidos jornais, que se reservaria ao direito de preservar sua identidade, em coerência ao princípio constitucional de presunção de inocência que norteia a atuação da instituição e a impediria, assim, de afastar a pessoa citada de suas funções a toque de caixa, sem ouvi-la, com base somente nos fatos noticiados e ainda não comprovados.

Ressaltamos que, em nota publicada também nessa sexta-feira (11), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a quem se atribuem às investigações criminais noticiadas, não confirmou as informações publicadas nas reportagens.

A instituição lamenta profundamente que seu direito de resposta não tenha sido exercido e espera que a correções devidas sejam realizadas em nome da função primeira do jornalismo de prestar informações precisas à população.  

Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2020. 

Acesse aqui íntegra da nota enviada pela DPRJ
Acesse aqui da nota enviada pelo MPRJ.


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