A Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) estará sob novo comando a partir do ano que vem. Em sessão de votação na manhã desta quinta-feira (29), o Conselho Superior da instituição escolheu Guilherme Pimentel para ocupar o cargo de ouvidor-geral no biênio 2020-2021. A posse será na próxima sexta-feira, 6 de dezembro.  

Pimentel atua em iniciativas relacionadas à defesa dos Direitos Humanos e a democratização do acesso à justiça há pelo menos 10 anos e participa de projetos importantes como o Defezap — um canal de denúncias de violência de Estado presente na região metropolitana do Rio.

Na sessão, o atual ouvidor-geral Pedro Strozenberg, que encerra seu segundo mandato no final deste ano, falou sobre o desafio de estar à frente da Ouvidoria e parabenizou os candidatos pela participação ativa no debate necessário a um processo eleitoral democrático. Além de Pimentel, concorreram à vaga a militante de Direitos Humanos Patrícia de Oliveira e o advogado Reinaldo de Jesus.

— É um processo árduo, mas fundamental para a construção de uma Ouvidoria atenta as demandas da sociedade civil. Parabenizo cada um dos candidatos, que representam parte da sociedade que é sempre múltipla e complexa, pelo debate e pela produtiva troca de ideias — afirmou Strozenberg.  

Ao longo da votação, os defensores públicos que integram o Conselho Superior da Defensoria, falaram sobre a importância da Ouvidoria Externa e discutiram a necessidade de um debate contínuo e democrático sobre o processo eleitoral.  

Logo após o anúncio oficial do resultado da eleição, o candidato eleito para ocupar a chefia da Ouvidoria Externa nos próximos dois anos reiterou a importância de dar continuidade e ampliar os projetos que já existem na Ouvidoria e fortalecer o diálogo com a sociedade civil e com a administração da Defensoria Pública

— O objetivo é fortalecer o processo de consolidação da Ouvidoria que por si só é uma experiência fabulosa dentro de uma instituição pública como a Defensoria. Iremos trabalhar sempre com a perspectiva do diálogo e da ampliação da participação da sociedade civil fluminense — destacou Pimentel.

Pimentel também mencionou a importância de uma atuação sensível às diversas demandas da população fluminense em situação de vulnerabilidade social e ressaltou a necessidade de manter um diálogo aberto entre a Ouvidoria, a população do interior do estado e os defensores e servidores que integram os núcleos de primeiro atendimento fora da capital. 

— Além de levar os projetos que já estão consolidados na capital para outras regiões do estado, é importante dialogar também com as iniciativas da sociedade civil que já existem fora da região metropolitana e com os integrantes dos núcleos de primeiro atendimento do interior que conhecem bem as demandas locais — afirmou.

Estiveram presentes na sessão o defensor público-geral Rodrigo Pacheco; o subdefensor Marcelo Leão; a segunda subdefensora pública-geral Paloma Lamego; o corregedor-geral Nilton Honório; o ouvidor-geral Pedro Strozenberg; a presidenta da Adperj Juliana Lintz; e os defensores públicos e membros classistas Carlos Alberto Dourado, Eduardo Quintanilha, Rômulo Araújo, Marina Lopes, Samantha Castro e João Helvécio.



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