A Defensoria Pública do Rio e o Ministério Público do Estado iniciaram, essa semana, uma rodada de vistorias a unidades municipais de saúde.
Segundo a coordenadora de Saúde e Tutela Coletiva da Defensoria, Thaísa Guerreiro, e a Promotora de Justiça titular da 1ª Promotoria de Tutela Coletiva da Saúde da Capital, Patrícia Tavares, ambas as instituições têm recebido denúncias apontando “um novo momento na grave crise” no atendimento à população pela Prefeitura, com atraso no repasse de recursos para as Organizações Sociais (OS) que administram as unidades, com consequente atraso no pagamento de fornecedores e de salários dos prestadores de serviço.
— Após três anos de sucessivos e fortes cortes nos investimentos municipais da saúde, já é possível sentir os reflexos desses problemas no dia a dia de quem procura a rede de saúde municipal do Rio, que iniciou com a redução das equipes de saúde da família na atenção básica — afirmou Thaísa Guerreiro.
— Nos grandes hospitais de urgência, a situação não é diferente e o risco de desassistência é enorme. Temos recebido várias notícias de que os pagamentos dos funcionários não estão sendo feitos em dia e de que medicamentos importantes estão faltando — acrescentou Patrícia Tavares.
A operação conjunta da Defensoria e do Ministério iniciou o monitoramento na segunda-feira (25), com visitas aos Hospitais Albert Schweitzer e Pedro II, na Zona Oeste, seguindo no dia de hoje, com visitas ao CER Centro, Hospital Souza Aguiar e Salgado Filho.
De acordo com a defensora e a promotora, em todas as unidades constatamos que é grande a dificuldade na prestação do serviço, inclusive por conta da falta de pagamento aos funcionários e de verba para manter os estoques de insumos, medicamentos e de material em dia.