A escola é uma outra família e a família é outra escola. Família e escola devem atuar de forma complementar para contribuir na formação de valores de crianças e adolescentes. Com esse ponto de vista, o defensor público Antônio Carlos de Oliveira, titular da 1ª DP da Infância e Juventude e do Idoso de Nova Iguaçu, palestrou sobre o tema “Conflitos nas relações familiares”, abordado na 5ª edição do projeto “Defensoria Pública Cumprindo seu papel na educação".
Realizado com a parceria da Secretaria Estadual de Educação, o encontro entre defensores e educadores aconteceu no CIEP Carlos Drummond de Andrade Brasil Estados Unidos, em Nova Iguaçu, na quinta-feira (7/11). Foi direcionado à Região Metropolitana I, que abrange os municípios de Japeri, Queimados e Nova Iguaçu.
O evento, que tem o apoio do Centro de Estudos Jurídicos (Cejur) da Defensoria Pública e da Fundação Escola Superior da Defensoria Pública (Fesudeperj), também contou com a participação da defensora pública Lígia Maria Fonseca Serrano Davalle, titular da Núcleo de Primeiro Atendimento de Família de Nova Iguaçu. Ela falou sobre as demandas mais comuns na região e como orienta as escolas locais nos casos que requerem o registro de nascimento da criança, a necessidade de reconhecimento do tutor e pedidos de transferência de escola feito pelo genitor que não detém a guarda da criança.
— Com relação aos conflitos familiares entre os genitores, que interferem na escola da criança, é muito comum acontecer de o genitor que não detém a guarda fática da criança ir na escola e pegar a criança para passar o fim de semana. Depois, não devolve a criança para o responsável que cuida e pede a transferência de escola. Eu chamei a atenção para que os educadores observem sempre essas situações e não façam a transferência de imediato. É importante telefonar para o genitor que é o responsável pelo aluno no âmbito escolar para saber o que está acontecendo.
O projeto Defensoria Cumprindo seu papel na Educação, que já esteve em diversas regiões do estado, tem o objetivo de promover o diálogo com os profissionais de educação e ampliar discussões sobre direitos humanos e transformação de conflitos no ambiente escolar. Na sua 5ª edição também foram debatidos os temas “Prevenção e Transformação de Conflitos” e “Violência contra a Mulher e Estatuto da Criança e do Adolescente”
O evento contou ainda com a participação da chefe de gabinete e coordenadora-geral de programas institucionais da DPRJ, Carolina Anastácio; do Coordenador dos Direitos da Infância e Juventude da DPRJ, Rodrigo Azambuja; da subouvidora Geral da DPRJ, Karina Gonçalves Jasmin; da Subcoordenadora de Mediação da DPRJ, Júlia Luz; da Coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher da DPRJ, Flávia Brasil; da Coordenadora de Direitos da Criança e do Adolescente da DPRJ, Maria Carmen de Sá, do defensor público da 2ª Vara de Família de Santa Cruz, Daniel França Colaboraram com encontro o coordenador de gestão intersetorial da SEEDUC, Charles Castro; a agente de leitura Alexandra Leite Guerra; e os professores Amandio de Carvalho Pereira e Ramila Melo Botelho Granja.