A noite de 27 de novembro ficará guardada com muito carinho na memória dos que presenciaram a emocionante cerimônia de entrega da Medalha Tiradentes, na Alerj. A sessão solene na Casa Legislativa, presidida pelo deputado Coronel Jairo, homenageou a 1ª Subdefensora Geral, Maria Luiza de Luna, a ouvidora geral, Darci Burlandi, a defensora pública Clara Prazeres e o defensor público Ramon Joppert, demonstrando o reconhecimento da Defensoria Pública.

A noite festiva começou com o discurso belíssimo do deputado Coronel Jairo sobre o amor e a entrega desses profissionais para com a Defensoria Pública. Ressaltando o empenho e a dedicação dos homenageados, o presidente da sessão solene discorreu sobre o profissionalismo e o carinho deles com os assistidos e o bem público. “Todos vocês são verdadeiros defensores da sociedade. Vi no trabalho da Defensoria Pública, especialmente nos dos homenageados, um sonho. A Defensoria Pública poderia se chamar “mensageiro do amor” porque vocês se doaram e se doam com amor, carinho e dedicação”, disse o deputado. Antes de entregar a medalha aos defensores, o presidente parafraseou o cantor Roberto Carlos: “Eu tenho tanto pra lhe falar, pra lhe dizer... como é grande o meu amor por vocês”.

Na tribuna, o Defensor Geral, Nilson Bruno, lembrou que foi homenageado em 2011 com a Medalha Tiradentes e enalteceu o trabalho da equipe à frente da Instituição ao longo dos quatro anos na figura da 1ª Subdefensora Geral, Maria Luiza de Luna. “Me honra muito participar da mesma equipe que a sua. Você sofreu uma grande injustiça no início de 2011, mas foi homenageada, neste momento, com a honraria merecida, reconhecendo o seu valor, caráter e dedicação. Você poderia administrar qualquer estado ou município com total tranquilidade. Não seria possível administrar sem você. Não são quatro colegas que recebem a homenagem, mas todos os defensores do Estado do Rio de Janeiro. Foi um grande encontro de almas”, disse.

A primeira a receber a homenagem foi a coordenadora do Nudem, defensora Clara Prazeres. Ela enfatizou que a meta do feminismo é garantir a igualdade de direitos. “O pior machismo é o inconsciente. Lutar pelo direito das mulheres não é repudiar os homens”, disse. Ela falou ainda sobre a missão de cada um e agradeceu a família. “Deus está em cada um de nós. E nós temos uma missão. O meu convite é que cada um vá até o seu coração. Eu não teria conseguido sem o apoio da minha família, do meu marido e dos meus amigos”. Por fim, Clara dedicou a honraria a uma pessoa especial. “Dedico-a a uma das mulheres mais guerreiras que conheço. Que me ensinou a olhar o próximo com amor. A minha mãe (Lila Freitas Prazeres de Carvalho)”, finalizou.

Para a entrega da Medalha Tiradentes ao defensor público Ramon Joppert, o deputado Coronel Jairo quebrou o protocolo e pediu que os pais dele, Ronaldo Joppert e Ângela Nazareth de Barros Couto, colocassem a Medalha. O momento de emoção estava apenas começando. As belas palavras do defensor levaram às lágrimas grande parte do público presente. Ramon lembrou sua trajetória enquanto criança, quando ouvia histórias do avô Alcy Amorim da Cruz, uma das pessoas que deram início a história da Defensoria Pública. “Cresci ouvindo as fantásticas histórias desses profissionais que defendem os interesses dos que não têm voz. Esse dia jamais sairá da minha memória, e dividir esse momento com vocês torna-o mais especial”, disse.

Ramon lembrou quando foi convidado a integrar a Administração Superior, em julho de 2013, como assessor de Relações Institucionais e Assuntos Parlamentares, e ressaltou a parceria da Assembleia com a Defensoria. O defensor finalizou o discurso agradecendo ao pai, que é delegado, e ao irmão, o promotor Alexandre Joopert, que já foi defensor. Lembrou os tempos difíceis de sua família e dos esforços dos pais. Muito emocionado, Ramon agradeceu, especialmente, a dedicação de sua mãe. “Se pudesse, me ajoelharia diante de ti e lhe entregaria esta medalha”, finalizou o defensor, que foi aplaudido de pé pelo público.

A ouvidora Darci Burlandi teve o projeto de resolução que concede a Medalha Tiradentes aprovado em 2006. No entanto, a entrega aconteceu somente na sexta-feira. E segundo ela, momento melhor não poderia ter. O presidente da sessão também quebrou o protocolo e pediu que o seu assessor Ernande Alves de Abreu, que foi aluno de Darci, entregasse a Medalha à ouvidora. “Esse momento que estamos vivendo é único e especial. Poderia ter recebido antes, mas Deus guardou esse momento de amor. Queria deixar essa Medalha como exemplo para minha filha e meu neto. Medalha de dedicação e de amor a uma causa”, afirmou. Darci também agradeceu a parceria com a 1ª Subdefensora Maria Luiza: “Não poderia ter recebido um prêmio maior do que trabalhar com a Malu”, afirmou ela.

Por fim, Maria Luiza de Luna não conteve as lágrimas ao discursar e relembrou os quatro anos à frente da Instituição. Tocada pelo sentimento de dever cumprido, a 1ª Subdefensora comparou a honraria com o soprar das velas durante o “Parabéns”. “Nessas horas a gente costuma fazer pedidos, mas eu vou agradecer. Estou muito feliz. Quero agradecer a todos que embarcaram nessa grande viagem que foi administrar a Defensoria Pública durante quatro anos. Não consigo descrever tanta felicidade. Mas se hoje estamos aqui, estamos por amor. A sociedade do Rio de Janeiro não está desamparada e essa Casa nunca nos fechou as portas”.

Ela agradeceu ainda a todos os funcionários que a ajudaram nas tomadas de decisão. Fez um agradecimento especial ao Defensor Geral, Nilson Bruno, e ao 2º Subdefensor Geral, Fábio Brasil, que também compuseram a mesa de honra. Concederam a Medalha aos defensores o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo, e os deputados Coronel Jairo e Graça Matos. Prestigiaram a cerimônia familiares dos defensores homenageados, defensores públicos e servidores.


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