A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro começou a atuar formalmente na assistência jurídica à família da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados há exatamente um ano. Representantes da Anistia Internacional estiveram na noite de terça-feira (13) na sede da Defensoria, acompanhados de Marinete Silva, mãe da vereadora, para uma reunião com o defensor público-geral, Rodrigo Pacheco, sobre o trabalho que será feito a partir de agora para assegurar os direitos dos familiares.
O assistência ficará sob a responsabilidade do Núcleo de Direitos Humanos (Nudedh) e do Núcleo contra a Desigualdade Racial (Nucora), que já vêm prestando apoio aos familiares desde o início das investigações sobre o crime. Agora, como representante formal dos pais, da irmã e da filha da vereadora, além da viúva de Anderson Gomes, a Defensoria passa a acompanhar todo o processo. O primeiro passo será uma minuciosa análise do extenso inquérito que, até o momento, levou a prisão de dois acusados pela execução do crime. São 25 volumes com mais de 5 mil páginas e, até então, sob sigilo.
“Nossa atuação se dará sob a perspectiva da vítima, assegurando que seus direitos sejam resguardados. Isso inclui assistência jurídica durante o andamento do processo, mas também um apoio institucional mais amplo, inclusive para que tenham acesso a informações sobre o caso e possível reparação dos danos sofridos", explica Rodrigo Pacheco, defensor público-geral do estado.
A reunião foi acompanhada por Margaret Huang e Jurema Wernek, diretoras executivas da Anistia Internacional nos Estados Unidos e no Brasil, respectivamente.