A Defensoria Pública do Rio de Janeiro assinou nesta terça-feira (12) um convênio com o Colégio Pedro II que irá oferecer 10 vagas no ensino médio técnico para os alunos do projeto Acelerando a Escolaridade, que estimula o retorno aos estudos de pessoas em situação de rua. Agora, além da regulamentação da escolaridade, os alunos terão a oportunidade de capacitação profissional, com o curso de auxiliar administrativo. Em compensação, a Defensoria vai disponibilizar vagas de estágio para alunos indicados pelo Colégio Pedro II.

– Ter o Pedro II abrindo essa oportunidade é muito significativo, é um grande orgulho essa conquista do projeto. Faz a gente refletir como iniciativas que parecem simples são capazes de grandes transformações sociais – disse a 2ª sub defensora pública geral da DPRJ, Paloma Lamego.

O vice-reitor do Colégio Pedro II, Marco Antônio da Costa, expressou sua alegria não só como representante do colégio, mas também pessoalmente, com o convênio entre as instituições que possuem afinidades em suas diretrizes.

– Seremos grandes aliados nessa parceria. Nós vamos fazer o que tiver ao nosso alcance para que haja muitos frutos e que isso se multiplique ainda mais. Já estávamos conversando sobre alguns detalhes sobre auxílios de recursos, que serão muito importantes para apoiar esses alunos – ressaltou o vice-reitor.

Também participaram da mesa a diretora presidenta da Fesudeperj, defensora Maria de Fátima Dourado; o diretor geral do centro de estudos jurídicos (Cejur), defensor José Augusto Garcia; e a coordenadora do projeto Acelerando, Maristela Barbosa de Paiva. “Foi uma felicidade muito grande poder acompanhar a dra. Sara (idealizadora do projeto) desde o começo, que ela sempre acreditou e se empenhou para que ele se concretizasse. Cada dia é uma conquista, pois eles têm muitas dificuldades para se manterem no curso. Então, toda parceria é bem-vinda”, relatou Maristela.

O aluno Marcos Silveira, 44 anos, começou esse ano no projeto e foi um dos indicados para a bolsa do convênio. Ele dorme em frente a Defensoria e foi assim que ficou sabendo da iniciativa.

– Com essa oportunidade vai ser mais fácil de voltar para o mercado de trabalho. Porque eu fiquei muito tempo afastado, até por conta de envolvimento com drogas, mas hoje eu busco algo melhor para minha vida – relatou Marcos.



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