Os formandos com o defensor geral, a defensora do Nudedh, o secretário municipal e a professora do projeto
 

 

Os 14 alunos que concluíram a sexta e última turma do Projeto Resgate, destinado à reinserção profissional de pessoas em situação de rua, deixaram a breve solenidade de formatura, nesta segunda-feira, 18, com entrevistas de emprego agendadas para os próximos dias e a esperança de um ano novo com menos dificuldades.  A iniciativa é fruto de parceria entre a Defensoria Pública do Rio e a secretaria municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação.

— É para vocês que o projeto existe. A conclusão do curso já é uma conquista muito grande e traz a perspectiva de uma vida melhor, com dignidade e trabalho.  Nosso apoio não é favor, é obrigação, mas o empenho, a dedicação e a garra de cada aluno é fundamental para um 2018 mais feliz —, disse o defensor público-geral, André Castro.

Ao longo desse ano, 74 pessoas em situação de rua cumpriram todas as etapas da capacitação e receberam certificados e encaminhamentos para empresas-madrinhas.  Quase metade conseguiu colocação no mercado de trabalho.

—O resultado superou as expectativas —, resumiu a defensora pública do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), Carla Beatriz Nunes Maia.

Em 2018, a defensora espera dobrar o número de turmas, abrindo uma a cada mês.  E pretende incluir algumas novidades, como noções de educação financeira e apoio psicológico, fundamentais para que os alunos se saiam bem no processo seletivo das empresas e saibam como lidar com o dia a dia no trabalho.

— O maior desafio dos que são selecionados é garantir a permanência na vaga —, explicou o subsecretário municipal de Trabalho e Qualificação, Luis Malheiros.

Ao término da formatura, a professora do Resgate, Agnes Vieira, deu as últimas dicas à turma sobre como se comportar na entrevista de emprego.

— Fazemos simulações em sala de aula, mas nem sempre aqueles que se saem muito bem conseguem ter o mesmo desempenho no processo seletivo. Esse é um dos motivos pelos quais o acompanhamento psicológico pode ser tão importante —, avalia Agnes.

Aos 52 anos, Alexandre Silva, que já trabalhou como cozinheiro e camareiro de navio, garante que vai aproveitar ao máximo a oportunidade.

— Essa é a chance de um ano novo muito melhor —, disse ele, animado. 



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