Defensores Públicos do Rio reuniram-se, neste sábado (8), com um grupo de moradores, em sua maioria, do bairro Valverde, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para tratar da realização de leilões de seus imóveis sem aviso prévio. Esse foi o segundo encontro entre defensores públicos e parte das cerca de 70 famílias em tal situação, com o objetivo de analisar cada caso individualmente para que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis.
Os leilões foram promovidos pelo banco Bradesco e estão temporariamente suspensos em razão de tutela antecipada deferida pela 24ª Câmara Cível, em favor da Comissão de Defesa do Consumidor (Codecon) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O órgão ajuizou Ação Coletiva de Consumo contra a instituição financeira ao tomar conhecimento dos leilões.
Aos membros da Codecon os moradores afirmaram que financiaram os imóveis pelo então banco Banerj e que deixaram de receber os boletos mensais quando o mesmo entrou em liquidação. Segundo eles, durante anos, faltaram explicações de como proceder para quitar a dívida e, por isso, a situação perdurou até o arremate do Berj pelo Bradesco.
O caso foi trazido à Defensoria Pública do Rio pelo presidente da Codecon, deputado estadual Luiz Martins (PDT), pois a comissão só pode atuar coletivamente.
Participaram da ação deste sábado o assessor parlamentar da Defensoria Pública do Rio, Francisco Messias; o presidente da Codecon, deputado estadual Luiz Martins (PDT); o coordenador do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública, João Helvécio de Carvalho; o coordenador da região 1, Antonio Carlos; a defensora pública do Núcleo Cível de Nova Iguaçu, Ana Flávia Lopes; e a titular do Núcleo de Família, defensora pública Maria Serrano.