Resgate: mais oito pessoas em situação de rua prontas para trabalhar
Mais oito pessoas em situação de rua estão prestes a garantir inserção no mercado de trabalho formal graças ao Projeto Resgate, parceria entre a Defensoria Pública do Rio e a Prefeitura. A breve cerimônia de encerramento do curso de capacitação terminou com a entrega de certificados de conclusão e de cartas de encaminhamento para entrevista de emprego, já na próxima sexta-feira, dia 13. As vagas são para auxiliar de limpeza. Essa foi a quarta formatura do Resgate: 22 homens e mulheres que passaram pelas três primeiras turmas do projeto já foram contratados por empresas madrinhas.
— Iniciativas como essas faz com que, aos poucos, diminuam as desigualdades sociais que impedem os avanços que tanto desejamos — resumiu a defensora pública do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, Gislaine Kepe.
O formando Cleiton da Rocha Ribeiro fez coro às palavras da defensora. “O que nos faltava era uma mão amiga”. O colega de turma Julio Cesar de Souza acrescentou: “Eu não estou feliz. Estou feliz à beça”.
O segundo subdefensor público-geral, também presente à formatura, destacou que o Resgate e diversos outros projetos de atuação mais abrangente, não exatamente jurídica, têm como foco o trabalho da Defensoria do Rio para "superação de vulnerabilidades”.
— É preciso superar a visão de que a atuação da Defensoria se restringe a processos. Defensores não são apenas advogados que defendem as pessoas e ajuízam ações — explicou.
Pacheco citou a “vitalidade” da defensora Carla Beatriz Nunes Maia, que no Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos atua prioritariamente no atendimento extrajudicial à população em situação de rua. Carla Beatriz, que não pode comparecer à conclusão do curso por problemas de saúde, promove, inclusive, rondas noturnas em locais de maior concentração de pessoas dormindo ao relento, para apurar e coibir eventuais abusos de agentes de segurança.
Representante da Prefeitura no evento, o subsecretário municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação, Epitácio Brunet, concluiu:
— Esses que hoje se formam sentem na carne as dificuldades do desemprego, da falta de moradia, educação e saúde.
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