Pessoas que perderam o emprego, acumularam dívidas, passaram por situações de descontrole financeiro ou viram a renda diminuir com o agravamento da crise econômica estão entre os superendividados no país e hoje fazem parte da massa de consumidores que tinham prestações maiores do que o seu salário - ou seja, comprometeram muito mais do que os 30% da renda, percentual recomendado pelos especialistas. Essas pessoas necessitam de apoio para enfrentar o superendividamento. Como fazer isso, foi o tema das palestras que a defensora Patrícia Cardoso Maciel Tavares, que coordena o Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, fez no curso “Diálogo sobre Superendividamento”, que ocorreu de segunda até esta quarta-feira (29 a 31), na Defensoria Pública do Tocantins.
De acordo com o defensor público Fabrício Brito, coordenador do NUDECON DPTO, o objetivo do curso é preparar os servidores dos órgãos de defesa do consumidor para estarem prontos a recepcionar, identificar e tratar os consumidores que se encontram em situação de superendividamento. “É um assunto muito em foco atualmente por conta da crise financeira que assola o nosso país. Então, a capacitação é uma oportunidade muito importante para podermos atender bem os consumidores que estão nesta situação”, afirmou.
Nas palestras, Patrícia destacou a importância de uma especialização para atendimento de consumidores superendividados, diante da situação delicada e o risco no aumento da demanda de consumidores endividados. Ela falou sobre a atuação da Defensoria Pública do Rio de Janeiro nesta área e lembrou que o superendividamento pode impossibilitar o consumidor de manter o mínimo de recursos para sua sobrevivência, pois o superendividamento pode causar sérios abalos emocionais, seja pela desestruturação familiar ou até mesmo por problemas de saúde, como depressão, ansiedade, problemas cardíacos, entre outros.
Com informações da DPTO.