'Não é o hipossuficiente o responsável pela desorganização fundiária que existe no Brasil mas sim a falta de compromisso de uma política pública que prefere ignorar a situação'. Foi assim que a coordenadora do Núcleo de Regularização Fundiária e Segurança da Posse da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, a defensora pública Maria Lucia de Pontes, deu inicío a palestra que tratou do tema 'Regularização Fundiária como efetivação da Segurança Jurídica da Posse', no I Seminário de Regularização Fundiária de Mato Grosso, ocorrido no início de dezembro na Procuradoria Geral de Justiça, em Cuiabá. De acordo com a defensora, o Estado tem obrigação de assegurar o acesso a regularização da terra. 'É muito comum falar em direitos humanos na área criminal, mas os governantes esquecem que assegurar a moradia também é uma forma de tratar com dignidade as classes menos favorecidas da sociedade'. Maria Lúcia defende que regularização fundiária, apesar de ser um tema novo, terá que ser amplamente discutido por todas as Defensorias Públicas do país: 'É preciso usar a legislação a favor dos assistidos.' As atividades do Núcleo de Regularização Fundiária em Cuiabá tiveram inicío esse ano com o processo de regularização de 270 lotes do bairro Três Barras em parceria com a Agência Municipal de Habitação Popular (AMHP). O órgão que é vinculado à Prefeitura Municipal fez a entrega de documentos com informações urbanísticas necessárias que serão juntadas ao processo de regularização fundiária elaborado pela Defensoria Pública que será encaminhado à Justiça. Participam do evento: defensores públicos, promotores de justiça, presidentes de bairros, representantes dos Poderes Legislativo Estadual e Municipal. No período da tarde o Secretário Municipal de Habitação e Regularização Fundiária da Capital,João Emanuel Moreira Lima, irá falar sobre a 'Participação do Município na Regularização Fundiária'. |
Fonte: Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso |