A coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), defensora pública Arlanza Rebello, participou, na segunda-feira (9), da abertura do I Seminário Pedagógico do Dicionário Feminino da Infâmia, na Fiocruz. Na ocasião, foi lançado o Dicionário Feminino da Infâmia: acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência, que tem o verbete sobre “medidas protetivas” assinado pela defensora.

De acordo com o Instituto de Pesquisa (Ipea), são aproximadamente 527 mil casos de estupro por ano no Brasil, sendo 89% em mulheres e 70% em crianças e adolescentes. Entre 2003 e 2013, mais de 46 mil mulheres foram assassinadas no país; crescimento de 21% durante uma década. Destas mortes, a maioria foi causada intencionalmente por pessoas conhecidas da vítima. Somente em 2013, foram registradas mais de 4 mil mortes de mulheres – uma média de 13 homicídios femininos por dia.

“O lançamento do Dicionário Feminino da Infâmia, para além do nome provocativo, é mais uma ferramenta colocada à disposição da sociedade, no caminho para o fim da violência de gênero. Fico muito feliz de ter participado da construção dessa obra, falando sobre as "medidas protetivas", previstas na Lei Maria da Penha e sua importância para a segurança das mulheres”, disse a defensora, acrescentando ainda que o dicionário será distribuído, gratuitamente, para serviços e organizações de defesa dos direitos da mulher.

Na mesa de abertura estiveram presentes o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Pedro Barbosa; a presidente do Sindicato Nacional Asfoc-SN, Justa Franco; além das organizadoras da publicação, a coordenadora do Comitê Nacional Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, Elizabeth Fleury; e Stela Meneghel, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

*Informações com Ascom/Fiocruz



VOLTAR