O programa Acesso à Justiça nos territórios formou mais 21 alunas e alunos no último sábado (22). A cerimônia promoveu o encontro de participantes do curso das cidades de São Gonçalo, Niterói, Magé, Piabetá e Itaboraí, todas na região metropolitana do Rio de Janeiro.
– O projeto "Acesso à Justiça nos Territórios" é um dos mais importantes que a Ouvidoria tem ajudado a implementar e a criar dentro da Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Através dele a gente reconhece o papel central das lideranças e dos coletivos, das instituições da sociedade civil que atuam nas periferias do Rio de Janeiro para garantir o acesso à justiça do morador – explicou o ouvidor-geral, Guilherme Pimentel.
Entre as pessoas que se formaram no último sábado, a participação no Acesso à Justiça nos Territórios traz mais do que o reconhecimento como lideranças comunitárias: é também ajuda para se recuperar de traumas. Rosemary Fructuoso é um exemplo disso.
– Meu filho morreu, vítima de um assalto, mas hoje eu estou feliz em representar o Instituto que leva o nome de, Léo de Sá, aqui com vocês. Tenho certeza que o que aprendi vai ser importante para todas as pessoas que são atendidas pela nossa instituição em São Gonçalo, relatou Rosemary.
Um dos focos principais do Acesso à Justiça nos Territórios é facilitar os caminhos para resolução de demandas que surgem dentro das comunidades e favelas do estado do Rio de Janeiro. A falta de conhecimento sobre como resolver essas questões foi um dos principais motivadores relatados pelas lideranças comunitárias ao buscarem a capacitação.
– Às vezes nós estávamos dentro da comunidade sem saber como lidar com diversas situações. Agora temos ferramentas para lutar. Isso vai nos ajudar na luta para diminuir a desigualdade no nosso território e no estado do Rio de Janeiro – explica a líder comunitária da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), Luiza Briola.
– O maior desafio que a gente tem é manter esse elo com a sociedade civil. A iniciativa desse projeto gera inúmeros ganhos, tanto para a Defensoria quanto para a sociedade. Através dele nós conseguimos olhar para as problemáticas sociais e identificar as prioridades de atuação – concluiu a chefe de gabinete e coordenadora de Programas Institucionais da DPRJ, Carolina Anastácio.
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Texto e fotos: Aurélio Junior