A Defensoria Pública assinou na terça-feira, 5, termo de compromisso com a empresa responsável pela organização do Fashion Rio, que estabeleceu o mínimo de 10% de modelos negros, afrodescendentes ou indígenas nos desfiles de cada grife. O documento foi gerado a partir da denúncia de representantes da ONG Educafro e de diversas entidades sociais, além de modelos, à Defensoria sobre a exclusão de profissionais negros das passarelas do evento.


De acordo com o documento, a empresa Luminosidade Marketing & Produções, responsável pelas semanas de moda do Rio e de São Paulo, garante que irá recomendar a todas as grifes participantes do Fashion Rio que respeitem o percentual de modelos negros e indígenas previsto no acordo, sob pena de estarem sujeitas às medidas legais. A Defensoria Pública estará presente no Fashion Rio com o objetivo de fiscalizar se o termo de compromisso está sendo respeitado.

O termo de compromisso foi negociado pelos defensores públicos Larissa Davidovich e Eduardo Chow, com os representantes da ONG Educafro (Melquisedec Ramos, Joana Raphael, Carlos Debret, Moisés Alcuña, Lawrence Randolph e Eliana Borges), com a assessora da Coordenadoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Ceppir-RJ) da Prefeitura do Rio, Emília Maria de Souza, o diretor do Grupo Palco dos Mil Sonhos, Leônidas Lopes, que desenvolve projetos sociais com modelos de comunidades carentes, e com representantes do departamento jurídico da empresa organizadora do Fashion Rio, Luminosidade Marketing & Produções.

O Defensor Público Geral, Nilson Bruno Filho, e o deputado estadual Gilberto Palmares também participaram da reunião.


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