Durante sessão ordinária no plenário do Senado na terça-feira, 29, o senador Eduardo Suplicy leu manifesto contra as atitudes racistas ocorridas nos últimos dias na sociedade brasileira e mundial. Ele destacou os atos direcionados de maneira injusta ao Defensor Geral, Nilson Bruno, e manifestou sua solidariedade. Inclusive, ressaltando o apoio do presidente da Educafro, Frei David, ao trabalho desenvolvido à frente da Defensoria Pública do Rio de Janeiro. (Veja aqui)
“Quero aqui ler um manifesto da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), em solidariedade ao Nilson Bruno, Defensor Geral do Estado do Rio de Janeiro, que foi vítima de racismo”, disse o senador Eduardo Suplicy, que iniciou o discurso da seguinte forma:
“Acabamos de sair de uma sexta-feira da paixão. Ela se repete hoje na sua vida, nosso irmão Defensor Geral, e na vida do nosso povo negro. Pobre ou rico como Neymar e Daniel Alves, são vítimas de um racismo enrustido – local e internacional – e que, com nossa presença, está se aflorando. Setores da sociedade não aceitam negros em cargos, antes ocupados apenas por um seguimento étnico da população do nosso Brasil. Isto não vai nos amedrontar!”
O senador continuou a discursar: “Chamar qualquer brasileiro de macaco querendo nos humilhar, não podemos aceitar, enquanto povo organizado!” O texto termina exaltando os defensores públicos.
Deputado estadual presta solidariedade
O Defensor Geral recebeu a visita do deputado estadual Gilberto Palmares, também na manhã desta terça-feira, 29. Ele esteve no gabinete para prestar solidariedade ao Chefe Institucional por conta das manifestações de racismo recebidas recentemente. Devido a compromissos assumidos anteriormente, o deputado não pôde ficar para o ato de desagravo realizado, na mesma manhã, em frente à sede da Defensoria Pública.