O Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública realizou 689 atendimentos nos três primeiros meses do ano. O dado foi divulgado ontem, em caminhada realizada no Centro da cidade para marcar o encerramento do Mês da Mulher e divulgar os serviços da Defensoria. Segundo estatística apresentada pela coordenadora do Núcleo, defensora pública Arlanza Rebello, 57% das vítimas são brancas, 35% possuem o ensino fundamental, a maioria é independente financeiramente e os maiores agressores são os maridos ou companheiros.

A caminhada teve início às 17h30 e percorreu as ruas do entorno do Nudem, localizado na Rua do Ouvidor, 90, com a participação de defensores públicos, servidores e estagiários uniformizados e identificados com coletes da instituição. Foram distribuídos ao longo do percurso, folhetos e cartazes com informações sobre o trabalho da Defensoria.

A fonaudióloga Beatriz Paliza, 31 anos, que trabalha no Centro, apoiou a iniciativa. Segundo ela, a divulgação dos direitos da mulher é fundamental. “A mulher tem que denunciar a violência física que venha sofrer. Não deve ficar calada”, opinou.

O jornaleiro Alexandre Santoro, que tem uma banca há 10 anos na Rua da Quitanda, no Centro da Cidade, aderiu à campanha e aceitou expor o cartaz do Nudem em sua banca. “Claro que eu autorizo colocar o cartaz na minha banca. É importante lutar pelos direitos da mulher”, afirmou.

A coordenadora do Nudem considerou o resultado da caminhada positivo. “Divulgamos o nosso trabalho, distribuímos o nosso material informativo e percebemos o interesse pelos serviços da Defensoria Pública. As pessoas, inclusive, quiseram levar o material explicativo para as suas comunidades”, comemorou.

 



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