O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da Defensoria Pública vai acompanhar a reconstituição da morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, e também de Elizabeth de Moura Francisco, ambos moradores do Complexo do Alemão e vítimas da onda de violência que tomou conta da comunidade. Nesta sexta-feira (10), representantes do Nudedh passaram toda a manhã prestando assistência jurídica aos moradores e lideranças na Vila Olímpica local, em ação piloto do projeto “Caravana de Direitos”.

Os defensores públicos Fábio Amado , coordenador do Núcleo, Daniella Vitagliano, Carla Beatriz, Daniel Lozoya e Renata Tavares da Costa participaram do atendimento. Além de acompanhar a reconstituição dos crimes, foi definido que o órgão vai orientar familiares de Elizabeth, morta dentro de casa aos 41 anos por uma bala perdida.

“Conversamos com parentes da Elizabeth e vamos orientá-los e acompanhá-los durante o inquérito policial e no processo criminal”, disse Fábio Amado. Também será formulada proposta de acordo extrajudicial para indenizar os danos materiais e morais sofridos pela família.

Quanto à denúncia de um toque de recolher imposto pela PM no Complexo do Alemão, noticiado pela imprensa nesta sexta-feira, o coordenador informou que o Nudedh vai acompanhar as investigações. “Não há fundamento legal ou constitucional que autorize o toque de recolher por policias lotados na UPPs.”

O projeto “Caravana de Direitos” é uma atuação pioneira da Defensoria. Comprovado o êxito no Alemão, servirá como modelo a ser implantado em outras comunidades. Uma nova reunião com lideranças do Complexo está marcada para a próxima sexta-feira (17).

 



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