A Defensoria Pública do Rio de Janeiro recebe, nos dias 3, 4 e 5 de agosto, cerca de 200 profissionais de todo o País inscritos no Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação do Sistema de Justiça – Conbrascom 2022. É a primeira vez que o evento é organizado por uma Defensoria Pública, definida pela Constituição como instituição essencial para o acesso à Justiça. O tema central escolhido para esse ano é “Comunicação e Democracia”.
A palestra de abertura do evento será realizada na quarta-feira (3), às 19h, no Theatro Municipal, na Cinelândia, pela jornalista e escritora Eliane Brum, colunista do espanhol El País e colaboradora de jornais e revistas da Europa e dos Estados Unidos. A entrada é aberta ao público, com distribuição de ingressos por ordem de chegada.
No mesmo dia, pela manhã, no pré-evento, a Defensoria Pública anfitriã levará os participantes do Conbrascom para observar, na prática, como funciona o Circuito Favela por Direitos, projeto pioneiro da Ouvidoria Externa da instituição que, desde 2018, vai às comunidades e às periferias conversar com moradores e moradoras.
- Circuito Favela por Direitos é um dos projetos mais revolucionários já vistos numa Defensoria, levando defensoras e defensores públicos para essa vivência nos territórios e promovendo uma formação de experiência na prática. É uma troca: passamos a conhecer melhor as comunidades e elas, seus direitos, explica o defensor público-geral do Rio, Rodrigo Pacheco.
A diretora de Comunicação da Defensoria do Rio, Debora Diniz, complementa: “Queremos apresentar essa iniciativa aos assessores de comunicação do sistema de justiça e poder falar da importância de uma comunicação que traduza as necessidades das comunidades, sobretudo as mais vulnerabilizadas”.
O restante da programação é restrito aos participantes do congresso e tem, entre os destaques, palestras da desembargadora e escritora Andréa Pachá e da jornalista da GloboNews Aline Midlej sobre “Como fazer prevalecer o interesse público”. Haverá também debate sobre o uso das tecnologias na comunicação dos movimentos sociais, com a contribuição da ‘favelaker’ Thainã de Medeiros e da comunicadora do MidiaÍndia, Lídia Guajajara. A palestra de encerramento vai falar sobre “O papel das assessorias de comunicação na luta antirracista”, com a juiza Flávia Martins de Carvalho.
Este ano, o Conbrascom celebra a 20ª edição do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça (PNCJ) com um recorde de concorrentes: 301 projetos inscritos por diferentes instituições do sistema de justiça de todo o País. Destes, já foram definidos os 36 finalistas, que serão apresentados ao longo do evento. A premiação em cada uma das 12 categorias será conhecida na noite de sexta-feira (5).
- Chegamos à 20ª. edição do prêmio com este presente que é o engajamento de diversos órgãos e instituições, batendo o recorde no número de participantes de todas as edições do PNCJ. Isso, claro, aumenta nossa responsabilidade, mas, principalmente, nos traz orgulho por essa trajetória. Trilhamos um caminho largo para chegar até aqui. Hoje somos a maior premiação em comunicação do sistema de justiça e isso é fruto da contribuição de valorosos colegas, explica o presidente do Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ), Luciano Augusto, diretor de Comunicação do Tribunal de Justiça de Goiás.
Conbrascom é uma realização do FNCJ, com organização da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e apoio de Qualicorp Administradora de Benefícios; Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob); Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (Anadep); Associação de Defensoras e Defensores do Estado do Rio de Janeiro (Adperj); Centro de Estudos Jurídicos (Cejur) da Defensoria do Rio; Fundação Escola Superior da Defensoria do Rio (Fesudeperj); Defensoria Pública do Ceará; e Associação Paulista de Magistrados (Apamagis).