Na última sexta-feira (24), a Ouvidoria da DPRJ promoveu uma reunião para mães e pais de crianças autistas no auditório da Fesudeperj, na sede administrativa da Defensoria. O objetivo do encontro foi criar pontes entre a DPRJ, a Ouvidoria da instituição e as famílias dessas crianças, que contaram sobre quais demandas precisam de atenção e como elas enfrentam as dificuldades para conseguir tratamento para seus filhos
Entre os temas abordados, destaque para a falta de medicamentos importantes para o tratamento diário, o descumprimento de liminares por parte dos planos de saúde, a falta de mediadores nas escolas, e a dificuldade em conseguir tratamento adequado no SUS e falta das terapias necessárias e essenciais às crianças com autismo.
Um exemplo das dificuldades enfrentadas no dia a dia está em Niterói, região metropolitana do Rio. Lá, a rede municipal de ensino ofereceu somente 70 mediadores para serem distribuídos entre todas as escolas da cidade. Dessa forma, nem todas as crianças são atendidas da maneira adequada.
— Nosso objetivo na reunião é fazer uma escuta das mães e pais de crianças autistas que são tão invisíveis para o sistema de justiça. São pessoas que precisam ser ouvidas e acolhidas para que possamos entender quais são as demandas e como a Defensoria precisa agir para que elas possam ter acesso aos nossos serviços, alcançando a inclusão não só no sistema de justiça, mas também em relação a assegurar o acesso aos seus direitos. — explica a defensora Raphaela Jahara, titular da infância de Macaé e atualmente na Subcoordenação da Cdedica
A reunião contou com a presença do ouvidor-geral da Defensoria, Guilherme Pimentel; de representantes do Movimento Mães de Itaboraí; das defensoras Raphaela Jahara, da Cdedica, Alessandra Nascimento, subcoordenadora de Saúde e Tutela Coletiva; e Samanta Monteiro, coordenadora do Núcleo de Fazenda Pública.
Texto e foto: Mariana Reduzino