Desde as fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis na última semana, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro vem atuando em diversos polos de atendimento espalhados nos principais pontos da região para prestar auxílio jurídico aos familiares das vítimas da tragédia. Até o momento, 198 pessoas perderam suas vidas e as equipes de resgate ainda procuram por pessoas desaparecidas. 

Para ajudar no processo de reconhecimento de corpos e na busca por desaparecidos, a Instituição vem realizando atendimento junto ao Instituto Médico Legal (IML), dando entrada em pedidos de alvará de sepultamento para as famílias que tiveram, entre os mortos, menores de 18 anos que não possuíam documento de identificação.

Já no Clube Petropolitano, localizado na Avenida Roberto Silveira 82, no Centro da cidade,  a DPRJ tem acompanhado o mutirão de coleta de DNA das famílias que que já registraram ocorrência de desaparecimento na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

- O papel da Defensoria Pública neste momento está sendo fundamental para as famílias enlutadas. Estamos realizando um atendimento junto ao IML, para que seja possível o ajuizamento das ações e para que as famílias consigam o encaminhamento para o cartório de registro civil mais próximo, evitando o deslocamento pela cidade.  Também temos acompanhado as famílias nos reconhecimentos dos corpos das crianças e adolescentes sem identificação civil, permitindo um acolhimento mais humanitário e solidário  - explica o defensor da 1ª Vara Criminal e Tribunal do Júri da Comarca de Petrópolis, Adilson Kloh Junior.

Comitê de Crise

Após reunião com o Estado do Rio e a prefeitura local nesta segunda-feira (21), a Defensoria Pública passa a fazer parte do comitê de gestão de crise para enfrentamento dos efeitos da tragédia que atingiu a cidade. 

Na reunião, a DPRJ apresentou um conjunto de propostas para atender as necessidades específicas da população e garantir dignidade às pessoas desalojadas, priorizando crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. Além disso, a Instituição também propôs um mapeamento das áreas da cidade para identificação das regiões que ainda se encontram sob risco.



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