O coordenador de Infância e Juventude da Defensoria Pública do Rio, Rodrigo Azambuja, será um dos participantes da audiência pública virtual que vai acontecer nesta sexta-feira (19), na Alerj, para discutir a prioridade nas investigações de homicídios de crianças e adolescentes. O debate, promovido pelas Comissões de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, de Educação e Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Legislativa do Rio, acontece 10 meses depois da sanção da Lei Agatha, que definiu prioridade para os trâmites dos crimes contra vida de crianças e adolescentes no estado do Rio de Janeiro. Nos últimos cinco anos, foram 251 mortes violentas de meninas e meninos até 14 anos de idade no Estado do Rio de Janeiro. Só em 2020, 46 vidas foram interrompidas em plena infância.
Para além da infância, a violência intencional se multiplica de forma alarmante na adolescência. Segundo estudo recém-lançado pelo UNICEF e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nos últimos cinco anos, foram 3.405 mortes adolescentes de 15 a 19 anos. Ao todo, no período, 3.656 crianças e adolescentes foram mortos violentamente no estado do Rio de Janeiro, uma média de 731 por ano. Do total, quase 27% das mortes foram decorrentes da atuação policial.
Participarão da audiência também Vanessa Félix, a mãe da menina Ágatha; o pesquisador André Rodrigues; Luciana Phebo, do UNICEF; e representantes do Conselho Estadual de Defesa das Crianças e Adolescentes, do Ministério Público do Rio de Janeiro, do Tribunal de Justiça e da Secretaria da Polícia Civil.