“É louvável esse trabalho da Defensoria de se comunicar com a base. Que esse canal entre a Defensoria e a sociedade civil se mantenha aberto e abra-se ainda mais”. As palavras demonstram o desejo de Bárbara Mariano, aluna que se formou na primeira turma do curso Defensoras e Defensores do Diálogo, em agosto. O projeto, que busca fomentar a cultura da paz nas comunidades fluminenses por meio de aulas voltadas para moradores e lideranças locais, foi um sucesso entre os alunos e abrirá sua segunda turma ainda em setembro.
Estudante do curso, Lúcia Cabral comenta que a atuação da Defensoria no curso permite aos moradores das comunidades se enxergarem como potências dentro de suas histórias de luta, misturando o desejo já existente naquela população de compreender o seu direito de cobrar. “A gente sempre fala que o Estado é violador. Mas a gente tem alguém do Estado que fala pela gente. A gente sabe que nada é perfeito, mas a Defensoria é nossa”, pontuou.
O curso é uma iniciativa da Coordenação de Mediação e Práticas Extrajudiciais (COMEPE) e retornará com a segunda turma no dia 29 de setembro, de modo online através do Zoom, e contará com 60 alunos. Serão 10 aulas ministradas sempre às quartas-feiras de 18h30 às 20h30. A abertura da turma será transmitida no canal da DPRJ no Youtube, porém, apenas os alunos cadastrados e que acompanhem as aulas pelo Zoom terão certificado.
O objetivo é apresentar meios possíveis de resolução de conflitos baseados no diálogo e ampliar o acesso à justiça para territórios mais vulneráveis. Com o projeto, a Defensoria pretende produzir um efeito preventivo e pedagógico, restabelecendo, melhorando e preservando a convivência, o diálogo e as relações interpessoais. O impacto social deve ser a disseminação da cultura da paz, o fortalecimento da autonomia da vontade, com consequente empoderamento da população vulnerável, e a redução da litigiosidade e a pacificação social.