A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) vai assistir juridicamente as famílias das meninas Rebecca Beatriz Rodrigues Santos, de 7 anos, e Emilly Victoria da Silva Moreira Santos, de 4. As duas primas morreram na sexta-feira após serem baleadas na porta de casa, na comunidade do Barro Vermelho, em Gramacho, Duque de Caxias. O atendimento será feito pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), que vai acompanhar as investigações para fornecer aos órgãos competentes subsídios para a ação penal visando a apuração da responsabilidade criminal dos envolvidos.
As famílias foram recebidas na manhã desta segunda-feira em reunião de acolhimento organizada pela Ouvidoria da DPRJ. Participaram também as comissões de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Alerj, além do movimento social Movimenta Caxias e da Anistia Internacional. Ao final do encontro, o defensor público-geral, Rodrigo Pacheco, também esteve com os familiares para prestar solidariedade.
Essa primeira reunião teve como objetivo conhecer as famílias, fazer o acolhimento e orientá-las sobre as informações que podem ajudar tanto a polícia quanto o Ministério Público a esclarecer o que aconteceu. O acompanhamento das famílias nas diligências na delegacia será feito pela OAB e a assistência psicológica pela Alerj.
- Vamos acompanhar o desfecho da investigação para também responsabilizar civilmente o Estado pela conduta de seus agentes. É mais um episódio trágico no cotidiano da população. Duas famílias destruídas pela violência institucional do Estado. Duas crianças que brincavam na porta de casa tiveram suas vidas ceifadas: essa dor jamais será estancada. Estamos solidários na busca pela Justiça e atuaremos sem poupar esforços para que a perda de vidas humanas não seja naturalizada - disse Carla Vianna, defensora do Nudedh.