Prefeitura sinalizou a possibilidade de ceder espaço em Laranjeiras para o movimento que acolhe LGBTI+s em situação de vulnerabilidade. Defensoria e demais instituições farão vistoria no imóvel nesta quinta-feira (13)

Foto: Andre Melo/Estadão

 
Os moradores da Casa Nem poderão ter para onde ir caso a reintegração de posse do prédio que ocupam, em Copacabana, seja realmente cumprida. Representantes da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), Ministério Público do Estado, Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura e da Secretaria Estadual Direitos Humanos alinharam a possibilidade de realocar o grupo em um prédio em Laranjeiras, sob a concordância da coordenadora da Casa Nem, Indianare Siqueira. Uma visita técnica prevista para esta quinta-feira (13) avaliará as condições do local. 

A Casa Nem acolhe pessoas LGBTI+s em situação de vulnerabilidade. A reintegração de posse do prédio onde vivem em Copacabana, então prevista para ocorrer no dia 27 de julho, foi adiada por falta de condições materiais e técnicas para cumprimento do desalojamento coletivo do grupo, conforme demonstrado na época pelo Núcleo de Terras e Habitação (Nuth) da Defensoria, em petição. A remoção então foi remarcada e a previsão é que seja realizada no próximo dia 24 de agosto. 

Articulada pelo Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e dos Direitos Homoafetivos (Nudiversis) da Defensoria Pública, a reunião em que se alinhou uma solução para o problema da moradia dos integrantes da Casa Nem ocorreu na última segunda-feira (10), de forma virtual. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU) se dispôs a alocar os moradores em um espaço de 700m², localizado em Laranjeiras. A proposta é a cessão do local ao grupo por um período de até 25 anos. 
 
Visita técnica nesta quinta-feira (13)
Representantes dos órgãos que participaram da reunião farão, nesta quinta, uma visita técnica a possível nova unidade da Casa Nem para verificar as condições e apresentá-las aos prováveis novos moradores. A cessão do espaço, se concretizada, poderá beneficiar até 60 LGBTI+s em situação de vulnerabilidade. 
 
– Ainda é necessário que seja atendido nosso pedido de suspensão da ordem de reintegração, que está marcada para o dia 24, para que essa cessão se concretize. Além disso, o imóvel precisará de algumas obras, como o município já nos adiantou. Durante esse período, acontecerá a mudança das pessoas, respeitando as especificidades do momento atual de pandemia – destacou a coordenadora do Nudiversis, Letícia Furtado.



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