Relatório com o perfil dos usuários mostra que grupo representa 52% do total de pessoas que procuraram a instituição após o início da retomada gradual

 

 

Mais da metade das pessoas que buscaram o atendimento presencial da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), na semana passada, estão desempregadas ou trabalhando como informais. É o que mostra o relatório sobre o perfil de quem procurou a instituição após o início da retomada gradual das atividades presenciais. 

O retorno gradual está previsto para ocorrer em três fases. A primeira começou no último dia 6 de julho e se destina às atividades internas dos defensores, servidores, estagiários e residentes jurídicos, que têm comparecido às sedes mediante escala de trabalho limitada a um quarto da capacidade de cada equipe e por período de cinco horas diárias. 

Segundo o relatório, 1.143 pessoas procuraram atendimento presencial de 13 a 17 de julho – segunda semana desde o início do retorno gradual. O levantamento foi realizado com base nas informações prestadas por 52 órgãos de atuação. Desse total, 18 indicaram não ter registrado atendimentos presenciais. 

De acordo com o levantamento, do total de 747 pessoas que indicaram o motivo pelo qual buscaram à Defensoria Pública, apenas 8% informaram não ter acesso a recurso tecnológico, como internet ou celular, para o atendimento a distância. Já 3% eram casos de urgências e não podiam aguardar o atendimento remoto. O relatório também registrou que 1% do atendimento presencial foi para pessoas em situação de extrema vulnerabilidade. 

As três hipóteses contam com previsão no plano de retomada gradual da Defensoria Pública para o atendimento presencial. O atendimento ao público por meio do telefone, e-mail e WhatsApp, para as demais situações, continua sendo a regra nessa primeira etapa da retomada gradual, cujo prazo de duração foi prorrogado do dia 26 de julho para o dia 16 de agosto. 

No que diz respeito ao perfil, dos 637 usuários que informaram a ocupação, 38% estão desempregados e 14% na informalidade. Juntos, esses dois grupos correspondem a 52% do total daqueles que buscaram a DPRJ na semana passada. Outros 26% informaram ter emprego formal; e 22% disseram ser aposentados. Ainda segundo o relatório, das 537 pessoas que procuraram a DPRJ, 41% se autodeclarou branca. 

– O monitoramento dos atendimentos é essencial para o planejamento do retorno gradual da Defensoria Pública, por isso é importante que os órgãos de atuação participem e respondam ao questionário, que leva cerca de três minutos pra finalizar, bastando indicar o tipo de atendimento e o perfil do usuário – afirmou Carolina Haber, diretora de pesquisas e estudos de acesso à Justiça da DPRJ.

Acesse a íntegra do relatório aqui.



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